[Sugestão de Pauta] "O cinema de gênero é o futuro do cinema brasileiro e vai salvar nosso mercado", afirma Hastenreiter
Olá! Cineasta Klaus Hastenreiter analisa a ascensão do cinema de gênero no Brasil, destacando a crescente valorização de produções nacionais e seu impacto no mercado global
A ascensão das plataformas de streaming tem desempenhado um papel crucial na globalização do cinema de gênero com produções de horror, fantasia, musical, ficção científica e comédia. Empresas como Netflix e Amazon Prime têm investido na produção de filmes que atendem a um público global, mas sem perder de vista as especificidades culturais. O cinema brasileiro de gênero, antes restrito a um público nichado, agora tem a chance de se comunicar com audiências internacionais. A visibilidade adquirida em festivais como Cannes, Veneza e Berlim tem colocado o Brasil no radar dos grandes prêmios internacionais. Klaus Hastenreiter, cineasta multifacetado e fundador da Olho de Vidro Produções, acredita que com a crescente presença de filmes brasileiros em premiações como o Globo de Ouro e o Oscar, a indústria cinematográfica brasileira começa a ser vista com mais seriedade no cenário global. Filmes como "A Substância", da MUBI, são exemplos de como a qualidade e a inovação têm gerado repercussão além das fronteiras nacionais. "Essa globalização do Cinema, onde os festivais de nicho, de cinefilia, se aproximam dos títulos das premiações mais comerciais, é um sintoma dessa movimentação de estúdios e streamings em sua busca de valorização do produto que estão criando. Sempre aconteceu, as regras são as mesmas, só os donos do dinheiro que estão mudando um pouco de máscara." No contexto brasileiro, com suas intensas transformações sociais e políticas, o cinema de gênero tem se consolidado como uma importante ferramenta para falar sobre o que está em jogo no país. Hastenreiter destaca que o gênero oferece uma experiência sensorial que provoca o espectador a questionar não apenas os personagens na tela, mas também a sociedade ao seu redor. Filmes de gênero, então, são não só uma forma de entretenimento, mas poderosas ferramentas de reflexão e questionamento. O mercado de cinema de gênero no Brasil tem se fortalecido nos últimos anos com produções de fantasia, terror, musical e ficção científica. Embora o público brasileiro sempre tenha consumido filmes de gênero, especialmente os estrangeiros, há um movimento crescente para valorizar as produções nacionais. "Filmes de diretores como Kleber Mendonça Filho (Bacurau/ Aquarius), Juliana Rojas (As Boas Maneiras/ Cidade; Campo) e Gabriela Amaral Almeida (A Sombra do Pai/ Animal Cordial) mostram que o Brasil é capaz de criar obras de qualidade que não apenas competem com as produções estrangeiras, mas que também conversam diretamente com a realidade local. Esse novo cenário está mudando a percepção do público, que passa a ver o cinema de gênero brasileiro como uma expressão legítima e poderosa, que dialoga com a nossa realidade." Para Hastenreiter, a ascensão do cinema de gênero no Brasil é inegável e comercialmente promissora. Ele destaca o sucesso de filmes como "O Auto da Compadecida 2" e "Ainda Estou Aqui", que alcançaram grandes bilheterias e reconhecimento internacional, como exemplos do potencial do cinema de gênero no Brasil. "Ainda Estou Aqui", primeiro filme 100% brasileiro a entrar na categoria de Melhor Filme no Oscar, apesar de ser rotulado como Drama Histórico, utiliza elementos de thriller e cinema policial para criar tensão. Hastenreiter afirma que "O cinema de gênero é o futuro do cinema brasileiro e vai salvar nosso mercado". O futuro do cinema de gênero no Brasil é promissor, especialmente com o crescimento contínuo do mercado interno, avanço das tecnologias, boa estratégia de distribuição, com políticas públicas aliadas à formação de plateia, é possível alcançar novos patamares de sucesso. "Se filmes estrangeiros são capazes de ultrapassar a barreira dos 4 milhões de espectadores no Brasil, nada impede que filmes nacionais, especialmente de gênero, possam alcançar números ainda maiores", analisa o cineasta. A troca cultural e a democratização do acesso às ferramentas de produção são alguns dos fatores que apontam para uma era de ouro para o cinema de gênero no Brasil. Hastenreiter, com sua capacidade de inovar e explorar novos formatos narrativos, está à frente dessa revolução, criando filmes que não apenas divertem, mas também provocam e questionam o espectador. O cinema de gênero, cada vez mais, está se consolidando como um dos principais impulsionadores da indústria cinematográfica brasileira. Klaus Hastenreiter é Diretor, produtor e roteirista na Olho de Vidro Produções e membro da ABRA - Associação Brasileira dos Autores Roteiristas. Tem formação em Artes Cênicas pela UFBA e cinema pela New York Film Academy. Escreveu, dirigiu e produziu cerca de 20 curtas-metragens premiados em festivais de cinema, entre eles "Não Falo com Estranhos" (2017), filme que conquistou 11 prêmios em mostras competitivas como o XXI CINE PE (Melhor Direção) e O XIII Panorama Internacional Coisa de Cinema (Melhor Curta Baiano pelo Júri Jovem) e "Solange não veio Hoje" (2024), vencedor dos prêmios de Melhor Roteiro e Prêmio da Crítica no Festival de Paraty. Seus projetos em cinema já foram selecionados por laboratórios como PanLab, Usina do Drama e Curta Cinema. Diretor e curador do festival Curta Bahia, consultor do Labqueer - Laboratório de roteiro para pessoas LGBTQIAPN+ e ministrante dos cursos Matura Cine e Infância nas Telas.
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