Olá, tudo bem?
Novo projeto reúne musicistas brasileiras para criarem coletivamente em estúdio Primeira edição do EIN – Encontros Instrumentais agrupa Jadsa, Lua Bernardo, Saskia e Xeina Barros para comporem 3 músicas em 4 dias Assista ao videoclipe de Fundas Quatro mulheres, quatro dias, três músicas. Esse foi o desafio proposto para o primeiro EIN – Encontros Instrumentais, série criada pelo Selo Sesc que tem como premissa promover encontros musicais inéditos entre artistas da cena instrumental brasileira. Para esta primeira edição foram convidadas quatro instrumentistas: Jadsa, na guitarra, nos eletrônicos e na produção musical, Lua Bernardo, no baixo e na flauta transversal, Saskia, nos eletrônicos e na guitarra e Xeina Barros, na percussão. O projeto está disponível nas principais plataformas de áudio e o público também pode conferir o videoclipe da faixa Fundas, além de um minidoc do processo de criação das artistas no canal do YouTube do Selo Sesc e na plataforma Sesc Digital. O "EIN" apostou na potência dos encontros, unindo as criatividades musicais das quatro mulheres para comporem em um curto espaço de tempo: quatro dias para composição e gravação das faixas. "Criar dentro do estúdio com o tempo rodando acho que é uma pressão mesmo na cabeça (risos) e que é massa entender isso porque a música, o trabalho dentro do estúdio, é isso, sabe. Não é um lugar meio 'sala de estar'. É um lugar onde você tá ali botando sua cabeça pra funcionar. Existindo enquanto profissional", comenta Jadsa. "O fato de ser pouco tempo também fez com que a gente mergulhasse mais no que a gente tá fazendo, sabe? Vamos nos entregar pra esse acorde, vamos acreditar nele, vamos acreditar nessa partezinha da música. Quatro mulheres pretas juntas criando com liberdade e dignidade é uma experiência que estou sempre buscando e que sempre foi difícil de conseguir. É engrandecedor quando se conversa musicalmente com essa ancestralidade coletiva. Entender o processo de criação e desenvolvimento de cada uma até chegar no uníssono do diálogo musical. A música em si já conversa com o espírito, quando a gente junta ancestralidade com a potência feminina de cada uma parece que criamos uma entidade sonora", complementa Saskia. Totalmente livres para criar a partir da junção de seus repertórios e experiências na música, as faixas resultantes acabaram por conversar entre si de maneira orgânica. São elas Macumba, Fundas e Mares Mares. A primeira delas, Macumba, transpõe a batida, em geral reservada à percussão, remetendo aos terreiros, para o contrabaixo, passando para a guitarra e misturando à flauta, em uma repetição que conversa por meio das diversas texturas de sons. A percussão, ainda assim, faz-se presente, costurando tudo ao fundo. Fundas é como um mergulho no qual as águas são as cordas do baixo e conforme nadamos pra dentro delas surgem os demais elementos como apitos, os pratos da bateria, um tamborim. Sons que aparecem e desaparecem até se chegar à areia, ao fundo, onde a vida marinha sonora se une de forma ritmada. Já em Mares Mares baixo e percussão dão a base para que a guitarra e os eletrônicos possam fazer seus movimentos, como ondas, ora de maneira suave, ora de maneira intensa. "É um projeto inusitado com pessoas que eu não as conhecia e amei conhecer assim, para fazer algo instrumental. Mulher não canta só. Mulher também produz instrumentalmente", diz Xeina Barros. O EIN#1 buscou, dessa forma, trazer as mulheres como protagonistas na composição quebrando assim a comum associação na música entre mulheres e vocais. "Me encheu de inspiração trabalhar com três mulheres pretas muito autênticas em seus trabalhos, muito únicas e tão apaixonadas pela música. Artistas independentes, corajosas em seus corres e que sabem que tão fazendo um trampo excelente, sem esperar a validação da grande indústria musical. Unir minhas forças às forças delas me encheu de vontade de futuro. Isso é muito especial, né? A gente sair de um processo em que a gente tem essa liberdade de criação, de troca, com um material que vai ficar aí pra sempre, pra galera ouvir", completa Lua Bernardo.
SOBRE AS ARTISTAS JADSA Jadsa é uma cantora, compositora, produtora musical e guitarrista baiana. Em 2015, lançou seu primeiro trabalho de estúdio, "Godê", seguido por outro EP, "Taxidermia" em 2020. Através dos dois EPs, foi considerada, pelo Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia, como um nome popular da cena independente de Salvador. Em 2021, a artista ficou conhecida nacionalmente com seu disco de estreia, "Olho de Vidro", patrocinado pela Natura e listado pela Associação Paulista de Críticos de Arte como um dos melhores discos do ano. Ela também foi indicada ao prêmio de Artista Revelação, promovido pela mesma instituição. "Olho de Vidro" conta com colaborações de Luiza Lian, Kiko Dinucci, Ana Frango Elétrico e BaianaSystem. Sucesso crítico e comercial, o disco foi repercutido por veículos nacionais, como NOIZE, G1, Elle e outros. Foi indicada nas duas categorias principais do Prêmio Multishow de Música Brasileira 2021. É considerada uma das artistas mais celebradas da nova geração de músicos baianos, assim como expoente da cena contemporânea da MPB. Para a CNN Brasil, é uma das cantoras que mudou a cara da música brasileira em 2021. Foi eleita pelo Correio24horas como a cantora baiana do ano de 2021. LUA BERNARDO Lua Bernardo é pós-graduanda em Musicologia pela ECA-USP e graduada em Letras com habilitação em português e espanhol (bacharelado e licenciatura) pela FFLCH-USP. Possui formação em musicalização infantil pelo Conservatório Musical Mozart. Estudou flauta transversal no Conservatório Musical Heitor Villa-Lobos e na Fundação das Artes de São Caetano do Sul (FASCS). Foi aluna do curso de contrabaixo acústico no projeto social EMEC e canto popular na EMESP. Integrou diversas bandas da cena paulistana. Tocou também com BNegão, Karina Buhr, Projeto Nave, Salloma Salomão, Luedji Luna, Funmilayo Afrobeat Orchestra, Rádio Diáspora, François Muleka, Aloysio Letra, Baião de Spokens, entre outros.
SASKIA Saskia atua a partir de habilidades que se aplicam em áreas do som como instrumentista, beatmaker, cantora e compositora. E na criação de imagens como diretora, roteirista, câmera, atriz, performer, fotografia e desenho. Após lançar o EP "Quartas" (Balaclava Records 2022) estreou o filme "Caixa Preta" originado da parceria com o crítico, curador e produtor cultural Bernardo Oliveira dentro da programação do festival Ecrã no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Gaúcha, baseada em São Paulo desde 2020, a multiartista manteve-se em produção por todo o período de bloqueio imposto pela pandemia. Destacam-se trabalhos para o Instituto Moreira Salles, Sesc, Batekoo, além dos núcleos que a artista integra ZonaEXP e Turmalina que no período assinaram trabalhos para o festival alemão de música avançada CTM e para o selo brasileiro Natura Musical, respectivamente. XEINA BARROS Natural de Piracicaba, Xeina traz consigo uma bagagem musical vasta. Desde sua infância está imersa na rica malha cultural brasileira, integrando grupos tradicionais e participando de rodas de samba e choro. Aos 19 anos, ingressou no Conservatório de Música de Tatuí, solidificando sua formação e se tornando uma das principais referências da percussão no Brasil.
FICHA TÉCNICA Jadsa - Guitarra, Clave, Agogô, Piano Elétrico e Sample Pad Gravado por Katia Dotto no Dissenso Studio em junho/2024
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