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Retrospectiva 2012


Já estamos no dia 08 de janeiro, o ano de 2012 (que ficará marcado como o ano em que o mundo não acabou) já está praticamente superado, mas aproveitei uma noite de insônia, com a Jessica viajando, pra relembrar o que passou. Acredito que estes foram os fatos mais marcantes (no que se refere, é claro, à mim), em ordem mais ou menos cronológica:
Minha primeira cirurgia
Comecei bem o ano. Após acessos de dor excruciante, parei no hospital e descobri que tinha pedras na vesícula. Foi minha primeira cirurgia e, confesso, foi um pouco assustador.
O ano dos bichos
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     Acredito que a maior ou uma boa parte do meu tempo e dinheiro foi gasto com cães e gatos. Foram vários resgates,  idas ao veterinário, felicidades e tristezas. Entre as maiores tristezas, o desaparecimento nas nossas gatas Minerva e Hermione, e a morte de alguns resgatados.
Entre eles o Didi, filhote de uma ninhada que tirei de dentro de um bueiro, e que acabou morrendo de erliquiose.  E da querida Pretinha (foto), cachorra da rua, que eu alimentava todos os dias, e que me acompanhava por onde quer que eu fosse. Me emociono de lembrar da felicidade dela quando me via chegando do trabalho. Queria ter tido espaço e condições pra adotá-la bem antes, mas infelizmente não foi possível.
Ela acabou morrendo duas semanas depois de dar à luz 4 filhotes, todas fêmeas, e que eu levei pra casa pra cuidar. Elas ainda estão comigo, e serão colocadas pra adoção. Uma delas já foi adotada pela minha mãe. Pra não falar só de tristezas, vários encontraram lares, como os 5 irmãos do Didi. E a Goldie, gata que tirei da rua muito machucada, que ficou aqui em casa mesmo.
Cerveja Kaiser
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Foi certamente o ponto mais alto do ano. Após ser comprada pela Heineken e passar por um rebranding, a Kaiser lançou uma fanpage no Facebook, com conteúdo diferenciado para determinadas capitais, gerenciada pela agência F. Biz e pelo portal Papo de Homem. Adivinha quem foi selecionado pra gerar o conteúdo de Manaus? E o melhor de tudo, o trampo vai continuar em 2013. EPIC WIN!
Polêmica dos Ingressos

No ingresso de um jogo da Copa do Brasil, entre meu Nacional e o Coritiba-PR, os torcedores encontraram uma coisa no mínimo curiosa: no lugar do logo da Federação Amazonense de Futebol, estava uma imagem onde se lia claramente: “FUTEBOL AMAZONENSE FRACO”.
Onde eu entro nessa história? É que a imagem é de minha autoria, e foi tirada do meu site sobre futebol local. Não demorou muito pros veículos de imprensa daqui e de fora descobrirem, e tive que explicar que não tive nada a ver com isso, inclusive na tv. Pra ver o vídeo, clica aqui. Já tinha notoriedade relâmpago quando invadiram o twitter da CBF e colocaram lá um link pro meu site, mas dessa vez foi tenso, o presidente da FAF falou que ia me processar, pô!


ING Sports / FIFA

Uma produtora britânica veio à Manaus à serviço da FIFA pra filmar um doc. sobre a cidade. Como eles não sabiam nada do futebol local, entraram em contato comigo por causa do site, e acabei servindo também de intérprete  enquanto eles estiveram aqui. Foi uma experiência bem bacana, pois acompanhei os caras em vários locais em que eu nunca tinha ido, e  os caras já rodaram o mundo inteiro, então tinham muitas histórias pra contar. Volta e meia a FIFA TV publica no youtube uns mini-vídeos com esse material. Nesse aqui, eu até apareço alguns milésimos de segundo.
Minha primeira aventura de RPG

Finalmente realizei um sonho antigo: jogar RPG! Não foi D&D como eu gostaria, mas uma aventura estilo Walking Dead bem bacana! Meu grupo nessa aventura tinha o Tohnson, a Diana e a Fernanda, sob a tutela da mestra Ana Paula. Detalhe: no final, fui o único sobrevivente! Espero que tenha sido a primeira de muitas aventuras!
Minha primeira agência
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Comecei a trabalhar em agência de publicidade. Não foi como redator, como eu queria (e ainda quero), mas tudo bem, o importante era entrar. Sou, atualmente (janeiro de 2013), Diretor de Arte na agência do Grupo Digital.
Et Set Era no Amazonas Film Festival

O curta em que fui Assistente de Produção (e figurante), o Et Set Era, foi premiado no Amazonas Film Festival como melhor curta. Confesso que foi legal me ver no telão do Teatro Amazonas. Mas o melhor foi assistir a premiação ao vivo no Canal Brasil. Parabéns Emerson e Rod!
Bônus Track
Também me marcou esse ano:
- Conhecer Game of Thrones. Eu não parava na frente da TV no mesmo horário, no mesmo dia da semana,pra assistir a uma série desde Samurai X no Cartoon. O melhor foi ler, de forma maníaca, todos os livros.
- Ir pela primeira vez (e segunda e terceira) ao Anime Jungle, ver um monte de maluco de cosplay (inclusive a Jessica, que estava linda com um vestido inspirado em Totoro), assistir shows fodas do Edu Falaschi e do Nobuo Yamada, os caras que cantam Pegasus Fantasy (abertura de Cavaleiros do Zodíaco) no Brasil e no original japonês, respectivamente e tirar foto com Jovem Nerd e Azaghal!

- Falando em Jovem Nerd, este foi o ano em que mais escutei podcasts (apesar de já escutar alguns há anos). Virou um vício preocupante.
- Assisti O Hobbit – Uma Jornada Inesperada!!! PQP!!!! Inesperada uma ova! Só eu, estava esperando ha uma década! Fui na pré de madrugada, com Tohn e Jessica.
- E pra terminar bem o ano, ganhei uma promoção de vídeo mais criativo em um site nerd (que não divulgarei pois não quero que ninguém encontre o vídeo), e vou receber um boneco do Gandalf, um pôster de O Hobbit, um livro e a adaptação em quadrinhos.
Falando em cinema e livros,  pra encerrar, um levantamentos de filmes que fui ver no cinema (pouquíssimos esse ano, infelizmente) e de livros que li. Livretos, Mangás, Graphic Novels e HQ’s não contam viu?
CINEMA LIVROS
As Aventuras de Tintim O Arqueiro (Bernard Cornwell)
A Invenção de Hugo Cabret O Andarilho (Bernard Cornwell)
Jogos Vorazes O Herege (Bernard Cornwell)
Os Vingadores Guerra dos Tronos (George R. R. Martin)
O Corvo Fúria dos Reis (George R. R. Martin)
MIB 3 Tormenta de Espadas (George R. R. Martin)
Batman The Dark Knight Rises Festim dos Corvos (George R. R. Martin)
Guerra dos Botões Dança dos Dragões (George R. R. Martin)
Os Mercenários 2 Jogador Nº 1 (Ernest Cline)
Ted Cidade Ilhada (Milton Hatoum)
O Hobbit – Uma Jornada Inesperada A Maldição do Cigano (Stephen King)
Treze à Mesa (Agatha Christie)
Assassinato no Beco (Agatha Christie)
Os Elefantes não Esquecem (Agatha Christie)
Os Quatro Grandes (Agatha Christie)
O Misterioso Sr. Quin (Agatha Christie)

Jogos Vorazes não faz o menor sentido


Fiz a vontade da namorada e fomos assistir a este filme na semana passada. Eu não sabia absolutamente nada sobre a trama, sobre todo o burburinho que cercava o filme, baseado em uma obra que eu nunca li nem ouvi falar antes (ou não prestei atenção). Não vi trailers, não li críticas, nada. Melhor assim, pois nada influenciou meu julgamento (exceto, talvez, os cartazes do filme no cinema, que diziam literalmente que este era o novo Crepúsculo).


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Pra ser justo, a mórbida semelhança foi só pra atrair os fãs de crepúsculo, pois o filme é bem diferente. O trio de de Jogos Vorazes é muito melhor, inclusive as atuações.


Bem, começa o filme, e em 15 minutos estou extremamente entediado. A história não faz o menor sentido: algo sobre uma guerra em que os rebeldes perderam, e para evitar uma nova rebelião, a nação opressora mata todos os anos 2 jovens de cada país num reality show. Bela maneira de evitar uma revolta, né? NÃO!

Com certeza, o livro é melhor, explica tudo, e é super foda, etc. Mas um filme precisa se sustentar sozinho, e fazer sentido pra quem não leu o livro. E este, na minha opinião, deve ser uma péssima adaptação. Prova disso, é que minha namorada, que também não leu o livro, adorou o filme, mas achou ‘meio confuso’. Ora, ela é uma pessoa inteligente, não é do tipo que vê um filme e não entende. Se o achou confuso, é porque o filme falhou em contar a história, e acabou.


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Nós todos no cinema, esperando o filme começar a fazer sentido ou ao menos ficar interessante.

Bem, somos apresentados a um casalzinho adolescente, numa vila decrépita, uma família em crise (o pai deixou a família, ou morreu, a mãe parece ter alguns problemas emocionais…), sempre sobre a ameaça de um governo ditador e opressor. Fico achando que a história vai se desenvolver a partir daí, mas não. A irmã da protagonista é escolhida pra parada (algo totalmente imprevisível, e que pegou todos de surpresa… NOT), a protagonista vai no lugar dela, e todo o resto desaparece. O namoradinho desaparece no filme completamente, a família idem.

O filme é cheio de incoerências. O povo odeia o governo, morre de medo do tal reality show, e mesmo assim o assistem fanaticamente. O namoradinho despreza o programa, diz que as pessoas deveriam parar de assistir, mas já inscreveu o nome dele pra participar da parada mais de 40 vezes!


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A tecnologia da sociedade futurista do filme é capaz de feitos inacreditáveis, e mesmo assim, todos os anos milhões de pessoas precisam entrar numa fila, pra inscrever seu nomezinho num pedaço de papel, que é tirado, À MÃO, de dentro de um pote para escolher os candidatos. Faz sentido isso??

Quando sua irmãzinha é sorteada, a protagonista só precisa anunciar que vai no lugar dela, e fica tudo certo. Bem flexíveis as regras desse sorteio, não? E se basta pedir pra ir, por que o namoradinho precisou colocar o nome no pote 40 vezes?? Se só precisava levantar a mão?!


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Barbas e cabelos bizarros: Assim imaginamos o futuro desde a década de 70.

Bem, a garota e um outro rapaz da vila viajam pra capital, e o visual do filme, que estava tão sóbrio e interessante, de repente vira uma porra-louquice, numa mistura de Brazil The Movie com Total Recall. Roupas e Cortes de cabelo super bizarros, parecendo um filme futurista produzido na década de 70 e 80. Saca De Volta pro Futuro 2, com suas jaquetas coloridas auto-ajustáveis e seus tênis auto-amarráveis?

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A beleza e originalidade dos figurinos me encantou. Abaixo, Brazil, de 1985.
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Quando o filme torneio finalmente começa, o entretenimento começa a melhorar. Bastante ação, mortes etc. O filme não falha na missão de te deixar interessado. O pensamento “O que eu faria nessa situação” é uma constante.

E é aí que começa a ficar ruim de novo. Os caras abusaram do Recurso da Burrice. Pra quem não conhece, o Recurso da Burrice é um recurso narrativo, utilizado pelo autor para fazer a história andar, se utilizando de ações estúpidas de um personagem.

Exemplo: Labirinto do Fauno – A protagonista, uma garota bastante inteligente, é orientada a entrar em um dungeon, pegar um item, e sair sem comer nada. “Mas estas frutas parecem tão saborosas….”. Ela come, de forma estúpida e injustificável, e é perseguida e quase morta por um monstro, que mata as fadinhas que a acompanhavam, levando a outros desdobramentos na história . Se ela tivesse feito como ordenado, nada aconteceria, portanto, o autor utilizou-se do Recurso da Burrice para fazer a história andar. Esse recurso é utilizado à exaustão por alguns autores, como J. K. Rowling, principalmente nos últimos livros da série Harry Potter.


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Lenny Kravitz (isso mesmo) tenta entender o que passa na cabeça da protagonista.

[ZONA DE SPOILERS – NÃO LEIA SE NÃO TIVER VISTO O FILME]

Já nos jogos vorazes, o Recurso da Burrice é utilizado de forma abusiva em várias ocasiões. Algumas delas:

1 – Por que, quando a protagonista é emboscada e se refugia numa árvore, o máximo que fizeram pra tentar tirá-la de lá foi jogar flechas?  Nem vou comentar a inacreditável incapacidade dos atiradores de acertarem uma flecha a 2 metros de distância, pois este é outro recurso narrativo. Até os Wargs, em O Hobbit, animais quase irracionais, pensaram em colocar fogo na porcaria da árvore.

2 – Na mesma cena, os sitiadores resolvem todos tirar um cochilo, sem deixar um ÚNICO vigia, tanto para impedir uma possível fuga da protagonista, quanto para se protegerem dos outros participantes do torneio. Isso permite, obviamente, que a protagonista fuja, caso contrário, o filme acabaria aí.

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3 – A garotinha que a ajuda, cujo nome não me lembro, demonstrou em várias cenas, todo seu talento de Dark-shadow-stealth-silent-deadly-ninja, para, um dia depois de conhecer a protagonista, emburrecer totalmente, ser pega numa armadilha ridícula, gritar estupidamente, para chamar atenção de todos, o que acabou causando sua óbvia morte.

4 – Quando vai buscar remédio pro namoradinho número 2, a protagonista, uma arqueira nível 99, se vê na seguinte situação: protegida no meio das árvores, ela tem à frente dela uma enorme clareira, com uma pequena barraquinha no centro, onde estão itens que TODOS precisarão, inevitavelmente, ir pegar. Ou seja, “a goddamn sniper's delight”, como diria Aldo, o Apache. Perfeito para uma arqueira. Mas, em vez de esperar 5 minutos, e matar de forma fácil todos seus inimigos, o que ela faz? Recurso da Burrice levado às últimas instâncias: Sai correndo, em campo aberto, direto pra barraca! E é quase morta por isso! Paro por aqui…

Lá E De Volta Outra Vez

 

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      No dia 25 de dezembro de 2003 eu estava em uma sala de cinema, me desfazendo em lágrimas, sem nem me importar mais com o fato de que alguem veria (pra descobrir depois que todos faziam o mesmo), enquanto uma Era chegava ao fim.

Eu assistia aos últimos minutos de O Retorno do Rei, o filme que encerrava a saga de O Senhor dos Anéis, e não eram apenas as cenas emotivas que me faziam chorar, não, o que me desesperava mesmo era saber que era o fim.

Aqueles anos entre a estreia de A Sociedade do Anel, quando tomei conhecimento da saga, e o Retorno do Rei, quando eu já havia lido todos os livros que haviam pra ler do Tolkien, mudaram para sempre a minha vida. E não é exagero. Toda uma maneira de ver as coisas, cinema, literatura, games, amigos com gostos parecidos, etc, os fóruns que frequentei na internet, as pessoas que conheci, enfim. Nada seria o mesmo sem O Senhor dos Anéis. E de repente, ver aquilo chegar a um fim, foi um abalo e tanto.

De lá pra cá, foram 7 anos sentindo essa enorme perda. Sentindo mesmo! Nada, nunca mais, me emocionou tanto quanto O Senhor dos Anéis. Tentei preencher este vazio assistindo os DVD’s inúmeras vezes (e bote ‘inúmeras’ nisso. Só A Sociedade do Anel eu assisti NO CINEMA 6 vezes, que dirá em DVD), mas em vão.

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Apenas em dezembro de 2010, com o lançamento no Brasil da Versão Extendida de O Senhor dos Anéis, que me foi presenteada pela Jessica, de Natal, é que pude preencher um pouco esse vazio, com duas horas de cenas inéditas e várias horas de extras. Fiquei extasiado!

Mas não era a mesma coisa. Não há nada que se compare a assistir O Senhor dos Anéis no cinema, sem saber o que vai acontecer (mesmo pra quem, como eu, já leu e releu os livros).

Por isso, esse ano, quando as filmagens de ‘O Hobbit’ deixaram de virar um sonho distante pra ser realidade, dá até pra imaginar minha alegria. A cada foto divulgada, a cada pequeno vídeo de bastidores, eu me arrepio.

Hoje, foi divulgado um vídeo de 10 minutos, com o diretor Peter Jackson mostrando os bastidores do filme. Puts, quase chorei. Vale a pena assistir:

Mal posso esperar.

Thiago Henrik

Da Série: Filmes que gostaria de ver

 

Até eu sei que o roteiro de “Fúria de Titãs” é péssimo.


 

Aproveitando o reaproveitamento de textos, vou postar um texto ridículo que escrevi e enviei (olha que vergonha) para o Leandro Saraiva, roteirista, entre outras coisas, das séries “Cidade dos Homens” e  “9mm – São Paulo”, e autor do livro “Manual de Roteiro – Ou ‘Manuel’, o primo pobre dos manuais de cinema e tv”, um dos mais conceituados sobre o tema. Ele pediu esse texto, bem informal e descompromissado, ao final do módulo que ele ministrou na minha pós graduação. Segue o texto:

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Apesar de estar me pós-graduando em cinema, não sou, de maneira alguma, especialista no assunto. Não tenho nenhuma experiência na área. Sou apenas curioso, apesar de um tanto leigo. Eu, assim como todo leigo, sempre vi o cinema moderno, de autor, como um cinema de diretores, em que estes profissionais são pai e mãe das obras. Mas este conceito foi abalado durante o módulo de Roteiro e Direção.

     Vi que o roteiro define (ou pode definir), não só o curso da trama, como todo o resto. A Mise-en-cene, a decupagem (mesmo que apenas sugerindo, e sem fazer decupagem técnica), a iluminação, até a posição da câmera, o ângulo escolhido, a duração da tomada, o gesto de um ator, e outras coisas que eu julgava serem atribuições do diretor. É claro que o diretor tem seu papel, suas responsabilidades e autonomia para filmar do jeito dele, mas ficou em mim a impressão de que o papel de um bom diretor  é filmar da maneira mais fiel possível ao roteiro, como acontece no teatro, em que o diretor procura fazer acontecer o que intencionava o autor da obra. Mas o bom roteiro deve colaborar com o trabalho do diretor, sugerindo modos de falar dos personagens, por exemplo, clima da cena, velocidade, o espaço, a movimentação dos atores, além, é claro, de contar uma boa estória.

    Aproveito pra responder uma daquelas questões enviadas anteriormente (antes eu tinha me sentido um tanto intimidado pra responder). "Aponte uma obra audiovisual que tenha uma boa premissa (uma boa idéia geral) mas que, na sua opinião, tenha um tratamento falho da estruturação do roteiro. Tente dizer onde está o problema (ou problemas), e aponte possíveis caminhos alternativos.".

      Neste fim de semana assisti ao filme "Fúria de Titãs". Não é preciso entender de cinema, nem ter visto o filme original, pra ficar com a nítida noção de que o o roteiro é péssimo.  Senti esse desconforto o filme inteiro. Os personagens são todos pouco desenvolvidos, alguns, que a princípio pareciam importantes acabam não tendo a menor interferência ou utilidade na trama. São todos superficiais, suas ações são incoerentes, os diálogos são fraquíssimos, muitos deles puramente didáticos, para que o espectador entenda o que precisa ser feito ou o que aconteceu, e outros servem de 'comédia', como a fala em que Perseu se refere à medusa como 'Bitch' (vadia, na gíria americana), desprezando todo o contexto histórico, cultural, geográfico em que está inserida a história.

As cenas de ação e os efeitos são, como se esperava, muito bons, embora às vezes também sejam vítimas da falta de lógica que acomete o filme inteiro, como a cena dos escorpiões gigantes, em que não fica claro de onde saíram, e o fato de ,após passarem por tanta coisa para chegarem ao sub-mundo, e ficarmos com a impressão de que será mais difícil ainda sair, Perseu e sua trupe simplesmente aparecerem fora dele na cena seguinte, sem qualquer contra-tempo ou explicação. O roteiro deveria ter sido mais trabalhado, respeitando o roteiro original, que se não era muito bom, ao menos deveria ser melhor que esse. Os personagens deveriam ter sido melhor desenvolvidos, com mais profundidade, para que houvesse alguma empatia com o espectador, pois não há nenhuma. O próprio protagonista gera apenas frustração no espectador, por seu  mal-humor e burrice extrema. Os outros personagens nem isso, pois são quase nulos.

O que deveria ter sido um dos grandes conflitos do filme, sacrificar a princesa Andrômeda (que, se não me engano era o par romântico de Perseu na mitologia, mas que no filme nem chega a falar com ele) ou ter a cidade destruída pelo monstro Kraken, acaba não tendo importância nenhuma, já que Andrômeda pro espectador não representa nada, tendo aparecido muito pouco. Acho que é o exemplo perfeito para responder à esta pergunta.

PS: Graças a Deus não paguei mais caro para ver o filme em 3D, fiquei sabendo que a imagem do espectador é muito prejudicada, e que o efeito 3D inexiste, caso de Procon mesmo.

Semana de Cinema


cinema (2)          Nesta semana está acontecendo em Manaus o Amazonas Film Festival, festival internacional de Cinema, com aquele monte de estrangeiro famoso, e tapete vermelho de atores globais bla bla bla. Todo mundo sabe.

      Eu nunca participei do festival. Sequer fui assistir. Não sei nem como ir assistir. Imaginei que existiriam ingressos. para quem quisesse assistir o festival dentro do Teatro. Mas nunca vi isso sendo divulgado… só o que sei é que a galera assiste do lado de fora, num telão. Nada sedutor. Até mandei e-mail perguntando… nunca responderam.

      Esse ano me inscrevi em duas oficinas do festival: Oficina de Vídeo, e Direção de Fotografia. A inscrição pela internet, que parecia facilitar a vida, acabou me irritando. Assim que completei a inscrição, não consegui mais acessar a página das oficinas, para ver novamente o local, horários etc. Imaginei que fosse algum tipo de proteção para evitar que as pessoas se inscrevessem em várias oficinas, tirando vagas das outras. Ou pode ter sido só no meu PC, não sei.

    Depois, me ligaram, dizendo que eu tinha que comparecer ao Sambódromo para completar minha inscrição. Imaginei “Ah, deve ser bem organizadinho, então tem que levar identidade etc, vou ter que preencher um cadastro, ou algo assim… pra evitar fraudes, já que é gratuito, deve ser concorrido”.

Combustão Espontânea - Eu acredito        Fui, com toda a boa vontade do mundo ao Sambódromo. Cheguei numa sala, onde uma mulher loura atendia duas garotas. Ela me viu, mas me ignorou. Nada de “posso ajudar?”. Sequer um “só um pouquinho que já te atendo”. O papo correu solto, altos risos, fofocas… Esperei cerca de 35 minutos até que as garotas deixassem a mesa, e quando me aproximei, a mulher imediatamente levantou e foi entrando em outra sala. Falei “só uma pergunta! É aqui mesmo que me inscrevo pra Ofic..”, ela me cortou dizendo “É, é, comigo mesma! Espera aí”. Sentei, e esperei, mais 10 minutos, até que ela voltasse lá de dentro. Expliquei o motivo de eu estar ali, e ela simplesmente não sabia do que eu estava falando… Foi perguntar pra outras pessoas, e depois voltou dizendo “ah… não é comigo… é com a Ana Paula, em outra sala…”

FILHA DA PUTA! Saí de lá possesso. e fui até a sala indicada. A Ana Paula me atendeu prontamente, e disse que eu estava ali apenas pra responder umas 3 perguntas: Se eu tinha câmera de video. Se eu tinha câmera fotográfica. Se eu tinha notebook com software de edição de vídeo. “Só isso?” – “É que se você tiver, é pra levar”.

Não me pediram identidade, ou qualquer outro documento. Era apenas pra responder essas perguntinhas cretinas de merda. POR QUE É QUE ELAS NÃO ESTAVAM NO FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO NO SITE???

E JÁ QUE NÃO ESTAVA, POR QUE QUANDO LIGARAM PRA GENTE, NÃO FIZERAM DE UMA VEZ ESSAS MERDAS DESSAS PERGUNTAS?!?!? EVITANDO ASSIM QUE NOS DESLOCASSEMOS PRA BOSTA DO SAMBODROMO, NAQUELE SOL INFERNAL, PRA SER MAL ATENDIDO E PERDER NOSSO TEMPO????

Ok ok. Paciência, Thiago… São funcionárias públicas, é sempre assim…. Não são pagas pra pensar, e muito menos pra facilitar a vida da população, pelo contrário. Quanto mais burocracia, mais profissional.

Foto: Thiago Henrik Beleza, no dia marcado para o Início da Oficina, madruguei pra conseguir chegar ao Centro Cultural dos Povos da Amazônia, que fica na longínqua Bola da Suframa, no final da cidade.
Chegando lá, não encontrei vivalma que soubesse onde seria a Oficina de Vídeo, ou sequer o que viria a ser isso. Não tinha um stand do Festival, uma placa que seja, nada. Só um de um seminário de Design. Como cheguei lá bem antes, andei bastante pelo local, pra ver se encontrava uma pista. Desisti, e sentei pra esperar passar alguém. Quando já eram 8 e 5, resolvi sair à busca de novo. Encontrei um senhor que trabalhava no local, típico handyman, que era o único que sabia onde era, e fez o favor de andar comigo até lá.

Cheguei na sala com cerca de 10 minutos de atraso, mas fui o primeiro a chegar. Cumprimentei o professor, e sentei. Foram chegando umas 4 pessoas. e a organização do curso veio perguntar se conhecíamos alguém interessado em fazer “Ah, é que muita gente se inscreveu em varias oficinas, e acabou optando por outras”. Eu achei que não era possível se inscrever em oficinas que ocorriam no mesmo horário…. Mas obviamente, era. Maravilha de inscrição, organização… É só o sexto ano consecutivo que o festival é feito. Não deu pra aperfeiçoar ainda…

Como ter câmera e notebook não era um pré-requisito para fazer a Oficina, não foi surpresa nenhuma quando descobriu-se que ninguém levou nada disso. Mas, nada tema! A coordenação já havia separado 3 notebooks brilhando de novo, para a oficina. Acontece que… ninguém da organização sabia a senha do usuário! Ops! Mas… repetindo, são só seis anos organizando esse festival…

image         Mas a Oficina orientada pelo Marco del Fiol (ao lado) valeu a pena. Muito boa! Altas dicas, aula gostosa de assistir, cara simpático, colegas bacanas. Basicamente ele ensinava a fazer vídeos de qualidade com o material que a gente tivesse em casa. E a aula foi extremamente prática. Já começamos tendo que sair por aí tirando fotos, pra fazer um vídeo com elas depois. Muita gente editou pela primeira vez um vídeo. Fizemos um ótimo apanhado teórico, sobre enquadramento, cortes, grandes diretores… Muito bom. No final da Oficina (que durou 3 dias, 8 horas por dia), filmamos e editamos um vídeo, que tinha como objetivo retratar o 'clima’ (sensação) de algum lugar escolhido por nós. Podia ser em duplas, ou trios, mas acabei fazendo sozinho, porque seria mais fácil… já que eu pretendia filmar no meu bairro.

A maioria da galera acabou caindo no lugar-comum. Porto de Manaus e coisas do tipo. Coisas ‘da terra’, vídeos-postais, mas até bons. Gostei muito do vídeo de um casal, que pareceu ter gravado na memória tudo o que o Marco falou nas aulas, usou cortes interessantes (um, bem bacana, parece ter saído de um dos vídeos que o Marco mostrou) e tal.

Meu vídeo foi bem simplesinho, basicamente mostra a rua da minha casa e arredores, no momento em que o bairro ‘acorda’. Levantei às 5 da manhã pra gravar. Eu até tinha uma idéia na cabeça (e uma câmera na mão! Rá!), mas na hora de editar, fiquei completamente perdido. Mais ainda quando descobri que o vídeo deveria ter cerca de 2 minutos, e o meu tinha uns 4 já (isso que eu tinha mais de 50 minutos de material). Mas o Marco deu umas dicas muito boas “Corte seco mesmo… teu vídeo é vídeo de macho”, e o vídeo até que ficou bom. E era o único com uma certa narrativa, apesar de esse não ser o objetivo. Tá no Youtube, pra quem quiser ver:

Já tinha feito um outro vídeo no São Jorge, mas para a faculdade, em formato de comercial. É bem podreira (foi feito nas coxas, horas antes da entrega), mas é interessante… foi a primeira vez que usei Photoshop para criar um efeito a ser usado em vídeo:

Bem, completada a Oficina de  Vídeo (falando nisso, não nos deram nenhuma informação sobre o Certificado), iniciou-se a oficina de Direção de Arte, com Jay Yamashita (que, se não me engano, se chama Carlos, segundo ouvi o Marco del Fiol falando, que estudou com ele no colegial). Apesar dele parecer gente fina, e ter aquele montão de equipamento legal pra mexer, não me empolguei… Um monte de colega esquisito, que não parecia fazer muita idéia do que estava fazendo ali, e aquele mooonte de explicações básicas sobre cinema (o cara teve que explicar que o cinema era feito com fotografias… que 24 quadros por segundo davam a impressão de que a imagem estava em movimento… a turma não fazia idéia disso. Cara, Castelo Rá-Tim-Bum ensinou isso.

Não estou desdenhando a Oficina, que parecia promissora no primeiro dia (apesar de ter começado com mais de meia hora de atraso, sendo eu o primeiro a chegar, novamente), e nem desprezando o conhecimento dos colegas, é só que eu já tinha feito um curso de Direção de Fotografia, na Rede Amazônica, e tudo aquilo eu já sabia. Na real só fiz a oficina porque não tinha outra melhor no mesmo horário. Bem, acabei não concluindo essa, porque estava muito cansado, e ainda teria aula na sexta, no sábado e no domingo, o dia inteiro. Vou rezar pra agüentar as 20 horas que vou passar sentado ouvindo o mesmo assunto.

Acabei de ver da janela do apartamento os fogos de artifício do encerramento do Festival. Bonito.

Abraços,
Thiago Henrik

Watchmen – HQ Completa


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             Gostei tanto do filme Watchmen que fiquei curioso pra ler a HQ, aclamada por muitos como A melhor HQ de todos os tempos, e que inspirou o longa-metragem. 
Peguei as imagens perfeitamente escaneadas de todos os números da HQ e arrumei em formato E-book (PDF), para uma leitura mais agradável.
      Vou disponibilizar o arquivo aqui no Blog, caso alguem se interesse em fazer o download, basta clicar no link abaixo:

B&B_Download_icon_blncyah.com_Atenção, Senha para descompactar os arquivos: thiabolico.blogspot.com

      Vale muito a pena baixar as HQ’s e assistir o filme, que como muita gente disse, ‘é diferente de tudo o que você já viu!”. Pra quem não conhece ainda, fica o Trailer:

Watchmen - Trailer Legendado - Alta Definição

Abraços,
Thiago Henrik.

Ano Novo, Vida Nova

E casa nova.

Publicava meu blog sempre no Spaces, do Windows Live, e é bacana lá ( www.thiagohenrik.spaces.live.com ), mas infelizmente atinge pouca gente.
Resolvi dar uma chance ao Blogger, e até agora gostei bastante dele!
Infelizmente não tem nenhum programinha como o Live Writer, que é uma mão na roda na hora de escrever pro blog, mas vá lá...

Esse post infelizmente vai ser mirradinho, é mais pra testes de layout e etc (falando nisso, eu sei que tá meio Emo, mas é só até eu achar uma imagem melhor...), mas prometo que daqui a pouco melhora.

Por enquanto vou colocar postar (se der, por aqui) uns vídeos do youtube que eu achei bacana esses dias.





Abraços,
Thiago Henrik.