No dia 25 de dezembro de 2003 eu estava em uma sala de cinema, me desfazendo em lágrimas, sem nem me importar mais com o fato de que alguem veria (pra descobrir depois que todos faziam o mesmo), enquanto uma Era chegava ao fim.
Eu assistia aos últimos minutos de O Retorno do Rei, o filme que encerrava a saga de O Senhor dos Anéis, e não eram apenas as cenas emotivas que me faziam chorar, não, o que me desesperava mesmo era saber que era o fim.
Aqueles anos entre a estreia de A Sociedade do Anel, quando tomei conhecimento da saga, e o Retorno do Rei, quando eu já havia lido todos os livros que haviam pra ler do Tolkien, mudaram para sempre a minha vida. E não é exagero. Toda uma maneira de ver as coisas, cinema, literatura, games, amigos com gostos parecidos, etc, os fóruns que frequentei na internet, as pessoas que conheci, enfim. Nada seria o mesmo sem O Senhor dos Anéis. E de repente, ver aquilo chegar a um fim, foi um abalo e tanto.
De lá pra cá, foram 7 anos sentindo essa enorme perda. Sentindo mesmo! Nada, nunca mais, me emocionou tanto quanto O Senhor dos Anéis. Tentei preencher este vazio assistindo os DVD’s inúmeras vezes (e bote ‘inúmeras’ nisso. Só A Sociedade do Anel eu assisti NO CINEMA 6 vezes, que dirá em DVD), mas em vão.
Apenas em dezembro de 2010, com o lançamento no Brasil da Versão Extendida de O Senhor dos Anéis, que me foi presenteada pela Jessica, de Natal, é que pude preencher um pouco esse vazio, com duas horas de cenas inéditas e várias horas de extras. Fiquei extasiado!
Mas não era a mesma coisa. Não há nada que se compare a assistir O Senhor dos Anéis no cinema, sem saber o que vai acontecer (mesmo pra quem, como eu, já leu e releu os livros).
Por isso, esse ano, quando as filmagens de ‘O Hobbit’ deixaram de virar um sonho distante pra ser realidade, dá até pra imaginar minha alegria. A cada foto divulgada, a cada pequeno vídeo de bastidores, eu me arrepio.
Hoje, foi divulgado um vídeo de 10 minutos, com o diretor Peter Jackson mostrando os bastidores do filme. Puts, quase chorei. Vale a pena assistir:
Mal posso esperar.
Thiago Henrik