[Sugestão de Pauta] Malick: Filme inspirado em vítima de tráfico humano inicia gravações em Porto Alegre
Olá! Malick: Filme inspirado em vítima de tráfico humano inicia gravações em Porto Alegre Com mais de 80 profissionais e ações afirmativas, gravações seguem até o fim do mês
Inspirado na história de Modou Awa Dieye, um senegalês vítima de tráfico humano que veio morar no Brasil, o filme Malick está em fase de gravações até o fim do mês, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Entre as locações, estão diversos bairros de Porto Alegre: no Centro Histórico, em locais como a Esquina Democrática; na Orla do Guaíba e em regiões do 4º Distrito. Também há gravações próximo ao município de Viamão, no Parque Natural Municipal Saint' Hilaire. Ao todo, são mais de 80 profissionais trabalhando direta e indiretamente no filme. Para o diretor Cassio Tolpolar, foram muitos desafios até chegar ao set de filmagem. "Ao procurar um sentimento de autenticidade, os desafios tornam-se imensos, desde procurar entender uma cultura muito diferente, passando por envolver a comunidade senegalesa, o trabalho com não-atores e assumir o uolofe como umas das línguas principais faladas no filme. Também é importante mencionar que, além do fator multicultural, estamos trabalhando com uma equipe multirracial, com histórias e anseios que precisam ser levados em conta. Contar essa história é uma pequena forma de reparação a todos os povos que sofreram e sofrem perseguições e discriminações, e que são forçados a se deslocarem de seus países e casas", explica. Por se tratar de uma história com protagonista senegalês, o idioma uolofe está presente no texto do filme. Essa é uma língua falada no país - a oficial é o francês - e será retratada em diálogos dos personagens estrangeiros. Ter o uolofe presente no filme foi um ponto importante para Adry Silva, uma das roteiristas do longa-metragem. "Preservar a cultura sempre é uma prioridade nas minhas narrativas, isso também aproxima o elenco da história que está sendo contada. Algumas emoções são melhores expressas na língua materna e isso enriquece o filme e valoriza o ser humano retratado." Além de protagonista numa história inspirada em sua vida, o multiartista Modou Awa Dieye também é co-diretor e co-roteirista do filme, o que aumenta ainda mais o seu desafio. "O processo não está sendo fácil, mas também está sendo muito incrível. É cansativo, mas muito agradável, porque eu me sinto presente, mais evoluído e que estou crescendo ao fazer parte da construção desse filme", afirma. No elenco, além de Modou Awa Dieye, também há outros senegaleses, como Fallou Kourouma, que interpreta Bamba, e Mamadou Abdoul Vakhabe Sène, chef de cozinha senegalês que vive em Porto Alegre e interpreta Amadou. Dando vida ao personagem Carlos, o ator gaúcho Álvaro Rosa Costa também é um dos destaque do elenco do filme, que também é composto pelos brasileiros Pâmela Machado, que interpreta Ana, Frederico Vittola, que interpreta Toni, e Marcello Crawshaw, que dá vida ao coiote. A preparadora de elenco Laila Garroni tem feito esse acompanhamento antes e durante as gravações. "Trabalhar com senegaleses me coloca em constante estado de humildade e de aprendizado. Em muitos momentos, é extremamente desafiador gerenciar esses dois mundos. Mas, ao mesmo tempo, para mim, que acredito que a indústria cinematográfica precisa ser reformulada para ser menos adoecedora, principalmente para criadores negros, esse novo tempo imposto pelo intercâmbio cultural desse projeto é uma chance de entender novas formas de se fazer cinema", avalia. Ao trazer a história de um senegalês ao centro do filme, foram implementadas sete ações afirmativas ao longo do processo pelo diretor de produção, Vandré Ventura, como um maior número de profissionais negros em diferentes áreas, como roteiro, elenco e produção, destacando o convite ao fotógrafo Jorge Henrique Boca para fazer a direção de fotografia em um dia ao lado do seu filho, Cássio Henrique, 1º assistente de câmera, que faz parte da equipe, além do auxílio-creche destinado a todos os profissionais negros que tem filhos de 0 a 5 anos. Já durante as gravações, a cada dia, um profissional negro tem seu nome em destaque na claquete. "Com essas ações, a ideia é humanizar essas pessoas, dar visibilidade. Malick é um filme difícil, sensível, mas é um filme político também. Como homem negro, diretor de produção em um espaço tão elitizado, tão machista, transfóbico, homofóbico e racista são muitas as janelas e os gatilhos que me atravessam. Malick sobrevive e resiste, eu também, Malick quer existir nessa sociedade que insiste em nos invisibilizar, e eu também."
O Filme Malick O filme "Malick" conta a história de um imigrante senegalês de 25 anos, que busca se adaptar e construir sua vida, em Porto Alegre (RS). Vítima de tráfico humano, ele é assombrado pelo seu passado. A promessa de um novo futuro é comprometida, quando ele acredita que o coiote que o trouxe ao país, reaparece. Malick enfrentará o dilema entre vingar-se do coiote, arriscando assim sua permanência no país, ou esquecer o passado e continuar com seu plano de estabilidade. Primeiro longa-metragem de ficção da produtora audiovisual gaúcha Mamaliga Films, o filme já participou dos laboratórios de roteiro Varilux e Luzes da Cidade, dos mercados audiovisuais SP Cine Pitching e Cine Esquema Novo e das rodadas de negócios do FRAPA e Roteiros e Narrativas. Também fez parte do programa Accelerator do SEE Fest Film Festival em Los Angeles. "Malick" tem direção de Cassio Tolpolar e codireção de Modou Awa Dieye; roteiro de Adry Silva, Cassio Tolpolar e Modou Awa Dieye; e produção-executiva é de Ana Luísa Moura e Pam Hauber. O projeto está sendo realizado com recursos da Lei Complementar nº 195/2022.
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