Juscelino Filho diz que as big techs devem contribuir com a inclusão digital em países pobres e em desenvolvimento
(Foto: Kayo Sousa/MCom) O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, defendeu nesta terça-feira (27) a importância dos investimentos para inclusão digital da população carente em países pobres e em desenvolvimento, durante o maior evento internacional de conectividade, o Mobile World Congress (MWC) 2024, em Barcelona. Ele discursou durante o evento e propôs que essas ações sejam financiadas por meio da taxação de grandes plataformas. "É um dever social dessas empresas. Com a união de esforços e a participação das big techs, temos uma oportunidade única de revolucionar a inclusão digital no mundo como um todo e levar internet aos mais pobres, às comunidades ainda sem conexão e diminuir as desigualdades sociais. Podem contar com o Ministério das Comunicações e o governo brasileiro para apoiar políticas em prol da inclusão digital", disse Juscelino. A declaração foi feita durante o painel "Políticas para impulsionar investimentos no futuro digital da América Latina", que contou com a presença de representantes dos governos locais. De acordo com o ministro, chegou o momento de as gigantes da tecnologia olharem para esses países. As grandes plataformas, segundo ele, devem ser chamadas a contribuir de forma mais efetiva com a ampliação da conectividade. "É inegável que avançamos muito nos últimos anos em termos de cobertura e acesso, mas precisamos promover a conectividade significativa, que é, de forma bem resumida e clara, levar internet a todos, a internet que as pessoas precisam, valorizam e podem pagar; dos mais pobres aos mais ricos, dos grandes centros às áreas rurais, das capitais, ao interior. Nós estamos trabalhando arduamente para conectar os brasileiros e brasileiras e unir o Brasil", afirmou. Inclusão digital O ministro afirmou que os desafios de fomentar a digitalização e aumentar a inclusão digital, em especial, nos países em desenvolvimento e menos desenvolvidos, só serão superados com a união de esforços públicos e privados, de forma contínua, planejada e monitorada. O ministro citou ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva incluiu a conectividade e inclusão digital como um eixo estratégico do Novo Plano de Aceleração do Crescimento. Juscelino mencionou ainda programas lançados no ano passado. Entre eles, citou o Escolas Conectadas, que prevê levar internet de qualidade a 138 mil escolas públicas do país. Também falou sobre o Norte Conectado, que está expandindo as telecomunicações na região da Amazônia, onde o clima e a floresta se apresentam como grandes desafios para a construção de redes fixas de telecomunicações. "Estamos conseguindo levar uma conexão de melhor qualidade para os cidadãos da região Norte passando fibra ótica pelos rios da Amazônia. Isso é levar o desenvolvimento e o acesso à internet para cidades mais distantes, mas respeitando o meio ambiente", afirmou. G20 Juscelino falou também sobre o G20, grupo que reúne as principais economias do mundo -- além da União Europeia e União Africana, e que este ano é presidido pelo Brasil. "O G20 tem como lema: 'Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável'. Uma das marcas da presidência brasileira é o tema da inclusão social, e naturalmente, também a inclusão digital. O Ministério das Comunicações está atuando ativamente no Grupo de Trabalho de Economia Digital em que se busca o consenso entre as maiores economias globais sobre conectividade universal e significativa, integridade da informação, inteligência artificial e governo digital", concluiu. MWC O evento é promovido pela GSM Association (GSMA), organização do setor que representa os interesses de mais de 1,1 mil operadoras e empresas ligadas à conectividade em todo o planeta. Antes da mesa redonda, Juscelino Filho participou de uma reunião com representantes da Telcomp (Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações Competitivas). O ministro teve agenda ainda com o CEO da Telecom Itália, Pietro Labriola; e com executivos da Nokia e do Google.
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