Que porra é essa? Sério. Que porra é essa? O filho de quem que fez essa gracinha no Corel X4? O filho de que puta cometeu essa logo? Meu Deus do Céu, que desastre! A logo da Copa do Mundo, que vai estampar todas as camisas de seleções do mundial, e que até lá vai passar 4 anos estampada em todos os cantos do mundo sempre que o assunto for a Copa, é essa coisa HORROROSA? Não consigo acreditar que uma banca com Hans Donner e Oscar Niemeyer aceitou essa atrocidade, tendo outras 6 opções (acho impossível que nenhuma delas seja melhor que isso). Mas explica-se: a banca era completada por Gisele Bündchen, Ivete Sangalo e Paulo Coelho. PQP… Nem precisa falar mais nada.
Aproveitando o reaproveitamento de textos, vou postar um texto ridículo que escrevi e enviei (olha que vergonha) para o Leandro Saraiva, roteirista, entre outras coisas, das séries “Cidade dos Homens” e “9mm – São Paulo”, e autor do livro “Manual de Roteiro – Ou ‘Manuel’, o primo pobre dos manuais de cinema e tv”, um dos mais conceituados sobre o tema. Ele pediu esse texto, bem informal e descompromissado, ao final do módulo que ele ministrou na minha pós graduação. Segue o texto:
Apesar de estar me pós-graduando em cinema, não sou, de maneira alguma, especialista no assunto. Não tenho nenhuma experiência na área. Sou apenas curioso, apesar de um tanto leigo. Eu, assim como todo leigo, sempre vi o cinema moderno, de autor, como um cinema de diretores, em que estes profissionais são pai e mãe das obras. Mas este conceito foi abalado durante o módulo de Roteiro e Direção.
Vi que o roteiro define (ou pode definir), não só o curso da trama, como todo o resto. A Mise-en-cene, a decupagem (mesmo que apenas sugerindo, e sem fazer decupagem técnica), a iluminação, até a posição da câmera, o ângulo escolhido, a duração da tomada, o gesto de um ator, e outras coisas que eu julgava serem atribuições do diretor. É claro que o diretor tem seu papel, suas responsabilidades e autonomia para filmar do jeito dele, mas ficou em mim a impressão de que o papel de um bom diretor é filmar da maneira mais fiel possível ao roteiro, como acontece no teatro, em que o diretor procura fazer acontecer o que intencionava o autor da obra. Mas o bom roteiro deve colaborar com o trabalho do diretor, sugerindo modos de falar dos personagens, por exemplo, clima da cena, velocidade, o espaço, a movimentação dos atores, além, é claro, de contar uma boa estória.
Aproveito pra responder uma daquelas questões enviadas anteriormente (antes eu tinha me sentido um tanto intimidado pra responder). "Aponte uma obra audiovisual que tenha uma boa premissa (uma boa idéia geral) mas que, na sua opinião, tenha um tratamento falho da estruturação do roteiro. Tente dizer onde está o problema (ou problemas), e aponte possíveis caminhos alternativos.".
Neste fim de semana assisti ao filme "Fúria de Titãs". Não é preciso entender de cinema, nem ter visto o filme original, pra ficar com a nítida noção de que o o roteiro é péssimo. Senti esse desconforto o filme inteiro. Os personagens são todos pouco desenvolvidos, alguns, que a princípio pareciam importantes acabam não tendo a menor interferência ou utilidade na trama. São todos superficiais, suas ações são incoerentes, os diálogos são fraquíssimos, muitos deles puramente didáticos, para que o espectador entenda o que precisa ser feito ou o que aconteceu, e outros servem de 'comédia', como a fala em que Perseu se refere à medusa como 'Bitch' (vadia, na gíria americana), desprezando todo o contexto histórico, cultural, geográfico em que está inserida a história.
As cenas de ação e os efeitos são, como se esperava, muito bons, embora às vezes também sejam vítimas da falta de lógica que acomete o filme inteiro, como a cena dos escorpiões gigantes, em que não fica claro de onde saíram, e o fato de ,após passarem por tanta coisa para chegarem ao sub-mundo, e ficarmos com a impressão de que será mais difícil ainda sair, Perseu e sua trupe simplesmente aparecerem fora dele na cena seguinte, sem qualquer contra-tempo ou explicação. O roteiro deveria ter sido mais trabalhado, respeitando o roteiro original, que se não era muito bom, ao menos deveria ser melhor que esse. Os personagens deveriam ter sido melhor desenvolvidos, com mais profundidade, para que houvesse alguma empatia com o espectador, pois não há nenhuma. O próprio protagonista gera apenas frustração no espectador, por seu mal-humor e burrice extrema. Os outros personagens nem isso, pois são quase nulos.
O que deveria ter sido um dos grandes conflitos do filme, sacrificar a princesa Andrômeda (que, se não me engano era o par romântico de Perseu na mitologia, mas que no filme nem chega a falar com ele) ou ter a cidade destruída pelo monstro Kraken, acaba não tendo importância nenhuma, já que Andrômeda pro espectador não representa nada, tendo aparecido muito pouco. Acho que é o exemplo perfeito para responder à esta pergunta.
PS: Graças a Deus não paguei mais caro para ver o filme em 3D, fiquei sabendo que a imagem do espectador é muito prejudicada, e que o efeito 3D inexiste, caso de Procon mesmo.
Só acesso o Skoob quando recebo e-mail avisando que alguem me adicionou etc. Daí aproveito pra atualizar com os últimos livros que li, e de vez em quando dou uma olhada nas resenhas que os outros usuários escreveram sobre esses livros. E só quando todas elas dizem o contrário do que eu penso, é que resolvo escrever minha própria. Fiz isso, e depois resolvi postar aqui também, pra não desperdiçar um texto tão grande, e também porque não atualizava o blog faz tempo.
De todos os livros que li que viraram filme, o único até pouco tempo atrás que me fez dizer o impensável (de que o filme é melhor) tinha sido As Crônicas de Nárnia, e escrevi uma resenha sobre isso (http://thiabolico.blogspot.com/2009/09/resenha-as-cronicas-de-narnia.html).
Mas agora me deparei com outro caso semelhante. O livro é bonzinho, a história é interessante, e o melhor é que envolve várias outras histórias célebres, mas a autora abusa do direito de considerar que o leitor é burro. Burro pra aceitar as ações e pensamentos completamente retardados em alguns momentos dos personagens. Até a polícia é burra demais pra saber que existem livros raros que valem uma fortuna (essa é a fraca justificativa para a polícia não ter papel nenhum numa história que se passa no 'mundo real', em que homens armados cometem um monte de crimes livremente).
Alguns personagens são interessantes em sua essência, como Mo, alguém que dá vida ao que lê nos livros. Mas são muito mal desenvolvidos, superficiais. O maior vilão da história, Capricórnio, não faz nada de realmente mau durante todo o livro. A autora tenta inutilmente fazer ele parecer assustador, mas esquece de colocar isso nas ações dele, e ele acaba sendo um dos vilões menos assustadores de todos os tempos. A protagonista, Meggie, simplesmente não cativa. O melhor personagem acaba sendo Dedo Empoeirado, que é boa pessoa, mas é egoísta, faz más ações etc, ou seja, tem mais profundidade que os outros. Isso foi bem explorado no filme, mas no livro nem tanto. Até a parte em que ele confronta, contra a vontade, o seu 'criador' é melhor no filme.
Enfim, a autora conseguiu criar uma história muitíssimo interessante (não foi a toa que leu tantos livros), mas por estar iniciando ainda, tem muito o que melhorar no desenvolvimento dessas histórias. Gostei muito das citações no início de cada capítulo, principalmente as de Tolkien e T. H. White. Deixam claro o bom gosto da autora, e também sua humildade, presente desde a dedicatória à sua filha, que largou o Senhor dos Anéis pra ler seu livro.
That’s all folks,
Thiago Henrik.
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