Retirado do blog Afinsophia em um post sobre a passeata dos estudantes pelo direito à meia passagem:
Essa abelinha foi o máximo quando eu era criança. A gente colecionava, porque o broche vinha em várias cores. Na rede pública, onde minha mãe trabalhava, todo aluno tinha uns quinze. Bons tempos.
“Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Desde que me tornei homem, eliminei as coisas de criança.”*
Tá na hora desse povo amadurecer também.
Abraços,
Thiago Henrik
* I Coríntios 13:11
Hahahahahaha... eu nunca tinha visto alguém escrever tão errado! Isso que eu já dei aula pra um monte de gente (de 7 a 70 anos). Mas, após um breve momento de risada a gente cai em tristeza ao ler esse tipo de coisa. Infelizmente, a "politicagem" conta com a ignorância e os favores. São diversas as pessoas que votam por interesse egoísta (ah... porque se o fulano ganhar, ele vai me conseguir um empreguinho sei lá onde...) e muitas mais as que votam por ignorância. Não, necessariamente, ignorância acadêmica, mas, muitas vezes, por não ter interesse em política e votar apenas pela obrigação, sem se importar em verificar as campanhas políticas, as propostas e os históricos dos candidatos.
E quanto a ignorância por falta de educação e instrução, essa não é de se espantar. Afinal que tipo de político investiria em educação? Que tipo de político quer criar cidadãos capazes de argumentar, raciocinar e ser crítico? Pode até existir algum bom samaritano no meio, mas, realmente, alguém acha que a maioria deles quer isso?
Eu li um texto uma vez, do qual infelizmente não me lembro o autor, mas ele dizia que até quando fontes internacionais emprestam dinheiro aos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, eles o emprestam com um monte de "imposições" e essas não são somente relacionadas a como pagar essa dívida e sim, também, em como esse país deve ser "administrado". Inclusive esse texto falava sobre as imposições que o banco internacional fazia a empréstimos para a educação, e isso incluía ter como disciplinas escolares apenas um estudo da língua (sem muita interpretação de texto), matemática e algum tipo de ensino técnico. Chegando a dizer, literalmente, que era para o desenvolvimento de operários.
Ou seja, de certa maneira, para se ter poder é necessário que a ignorância seja a base e isso não é só aqui.
Eu sonhava com um mundo no qual as pessoas um dia, se dariam conta do poder que elas tem sobre a política, sobre o mundo, mas hoje me contento em tentar fazer com que meus alunos tentem notar sua importância (porque mesmo uma pequena perturbação na superfície da água pode gerar grandes ondas) e se eu consigo que pelo menos um deles vá pra casa pensando sobre o que eu disse eu sinto que meu dia valeu a pena.