Fui ontem assistir Nacional (AM) X Cristal (AP) pela Série D do Campeonato Brasileiro. Convenci o Ariel, o Matheus e Beto a irem juntos. Quase um milagre (milagre mesmo seria se o Fabrício também fosse, mas o bastardo tinha coisa melhor pra fazer). A parte extra-campo foi divertida. Conversas sobre o nosso passado e sobre o futuro do futebol amazonense.
Depois de empatar com o Cristal por 1 x 1 lá em Macapá, a torcida esperava um show do Nacional aqui. Ou ao menos um 0 a 0 que classificaria o Naça. E quando o primeiro tempo terminou com o placar de 2 x 0 para o Leão, a torcida já via o time na série C em 2010.
Mas o que aconteceu no segundo tempo acabou com quaisquer esperanças. Um Nacional encolhido, covarde, querendo apenas manter o resultado. O Cristal foi pra cima, e conseguiu abrir o placar. O técnico do Nacional, Aderbal Lana, que havia escalado o time no 3 – 6 – 1, tirou o camisa 11 do time para colocar um volante, já que 2 x 1 classificava o time. Mas é claro que o Cristal foi pra cima e conseguiu o empate. A partir daí o Nacional se perdeu. O esquema do Lana não servia pra mais nada.
Com atuação deplorável do goleiro Delmir, que bobeou várias vezes, o Nacional permitiu que o Cristal virasse o jogo. Os laterais erravam tudo o que tentavam, e o meio não se encontrava. Só com a entrada do Tiago Gaúcho, o Nacional ganhou colhões. O cara, além de bom futebol, tinha raça. Mas não conseguiu evitar o vexame: o Cristal fez 5 gols no segundo tempo, e o Nacional estava eliminado. Ficamos roucos de tanto xingar. De sentados no início do jogo, passamos a em pé, gritando, grudados na beira do campo. Até o bandeirinha, que não tinha nada com isso, ouviu. Ao menos vi ele anotando a minha observação educada sobre a falta do número na camisa do goleiro do Cristal.
Agora resta torcer pelo América no ano que vem. Mas tô começando a achar que a gente vai ter que fundar um clube mesmo pra salvar o futebol do estado.
Abraços,
Thiago Henrik