Olá , tudo bem?

O que acha de uma entrevista para o Dia da Mulher com a Saumya Singh Rathore, co-fundadora da WinZO, a maior plataforma de games da Índia e que também está no Brasil ?

Peço que avalie, estou à disposição, muito obrigada!

Obrigada!

Sabrina.

Mulheres no mundo dos games

Conheça Saumya Singh Rathore, co-fundadora da WinZO, a maior plataforma de games da Índia e que também está no Brasil

 

As mulheres são o maior público gamer do país com 51% de um total que hoje já representa três em quatro brasileiros, ou 74,5%, segundo a edição 2022 da pesquisa feita pelo Sioux Group com Blend New Research e ESPM. Já os dados divulgados pela 7ª edição da Pesquisa Game Brasil (PGB) mostram que 69,8% das mulheres no Brasil jogam jogos eletrônicos, independente da plataforma. Fora isso, pelo quinto ano consecutivo do estudo, o público feminino aparece como maioria entre os gamers brasileiros, representando 53,8% dos jogadores no país.

Os números mostram que o potencial de mercado para o público feminino é enorme e, por trás disso, mulheres também começam a despontar no negócio. É o caso de Saumya Singh Rathore, co-fundadora da WinZO, a maior plataforma de games da Índia, com mais de 100 milhões de usuários registrados.

A WinZO arrecadou mais de US＄ 100 milhões em investimentos e é apoiada pelos investidores Griffin Gaming Partners, Makers Fund, Courtside Ventures e Steve Pagliuca desde seu lançamento no início de 2018. A WinZO também acaba de anunciar um fundo focado no Brasil e na América Latina de US＄ 35 milhões para apoiar o crescimento de jogos, conteúdos e desenvolvimento de tecnologia culturalmente relevantes. Este investimento será feito através de sua extensão norte-americana, a WinZO Inc.

Saumya sempre teve um forte objetivo de criar produtos inclusivos e culturalmente apropriados com base na tecnologia que mudariam para sempre a maneira como experimentamos o mundo ao nosso redor. Ela foi membro da equipe fundadora da ZO Rooms & Zostel, uma startup de hospitalidade apoiada pela investidora Tiger Global, na qual era responsável pelo crescimento, expansão e organização e liderou o lançamento do ZO Rooms junto com seu atual cofundador, Paavan Nanda. Mais tarde, juntou-se a ele para iniciar a WinZO, em 2018.

Começando sua carreira na consultoria KPMG em Londres, Saumya trabalhou extensivamente em mídia impressa, rádio e televisão em questões estratégicas das empresas relacionadas especificamente à condução do crescimento e à supervisão da execução durante sua passagem pelo Times Group. Pós-graduada em psicologia pela Universidade de Manchester, Saumya é também psicóloga da British Psychological Society.

Saumya é uma das poucas mulheres fundadoras da indústria de tecnologia. Em 2021, recebeu o 'Women Entrepreneurship Award' da BW Disrupt, plataforma Business World que promove jovens empreendedores com ideias disruptivas. A WinZO também foi reconhecida como a 'Startup do ano' em 2020.

Muito interessada em gerar experiências de jogo memoráveis, Saumya está sempre em busca de novas ideias que possam aumentar o ecossistema de jogos interativos. Ela diz que quando fundou a WinZo, a porcentagem de homens jogando games era de 70%, contra 30% de mulheres. Atualmente, a contagem está em 60% para os homens e 40% para as mulheres, globalmente.

Outra observação: Saumya afirma também que homens preferem mais jogos de ''shooter games'' em primeira pessoa, enquanto que mulheres gostam de jogos mais sociais ou de estratégia. E que essas preferências devem ser levadas em conta pelas plataformas de games.

A fundadora da WinZo também ressalta que há pouca presença das mulheres (algo em torno de 28%) nas carreiras STEM (sigla formada pelas iniciais das palavras ciência, tecnologia, engenharia e matemática, em inglês) e que quando se fala em força de trabalho nesse campo, a porcentagem cai para 14%. No Brasil, segundo estudos da Universidade de São Paulo, quando olhamos para os professores das áreas STEM, os homens ocupam 72% dos cargos e as mulheres, apenas 28%.

Para Saumya, organizações que têm em seu DNA mulheres como líderes ganham pois mulheres são ''melhores comunicadoras, mais compassivas e sempre mais preocupadas com a saúde mental dos empregados''.